Eu gosto de sorrir para as pessoas nas mais diferentes situações. Na rua, no ônibus, na faculdade, e as vezes me deparo um pouco idiota por isso. Pode parecer mesmo, mas sinceramente? Não tô nem ai. Eu gosto de ser assim, soltar sorrisos no ar. Outro dia estava no ponto de ônibus e um senhor chegou e deu "bom dia" e com sorriso respondi "bom dia". Não sei se ele era tão solitário ao ponto de me contar a vida dele inteirinha naquela parada de ônibus, ou se ele gostava de mentir, só por que eu lhe dei a educação de um "bom dia".
Eu estava ali, a espera do meu ônibus que demorava uma infinidade de minutos para chegar enquanto o senhor do "bom dia" começava o dia contando toda sua história a uma desconhecida. Eu até hoje não sei o nome do senhor do "bom dia" nem sei se aquelas histórias do senhor do "bom dia" eram verdadeiras, só sei que os intermináveis minutos naquela parada não passavam.
O senhor do "bom dia" aparentava ter seus 60 anos, mas o senhor do "bom dia" me contou tantas histórias naqueles infinitos minutos que, por um momento me peguei a contestar se o senhor do "bom dia" tinha encontrado a formula da juventude, por que como pode um senhor de 60 anos ter histórias que daria uns 200? Ou eram os intermináveis minutos que não passavam que já estava fazendo a minha mente delirar.
Era impressionante como o senhor do "bom dia" sabia de tudo. E novamente me peguei a contestar se era eu que estava a calcular o tempo errado, já que nem o tempo da demora do ônibus, eu saberia calcular, naqueles infinitos minutos que não passavam nunca. E o senhor do "bom dia" lá, contando as suas histórias. Desde o seu nascimento, até aquele momento que lhe dei "bom dia".
Eu até hoje não sei a função daquele 'bom dia'' que dei ao senhor do ''bom dia'', nem sei se naquele dia foi um ''bom dia'' para o senhor do ''bom dia''. Para mim foi um ''bom dia'', um ótimo dia. Sabe, eu espero nos próximos dias eu possa dar ''bom dia'' a vários senhores ''bom dia'' nos intermináveis minutos que vivo nas paradas de ônibus.
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| Booom diia!!! |
Xero,
Thayza.
